Saiba como foi os três principais shows internacionais na estreia do Primavera Sound em São Paulo.
Um dos nomes mais cobiçado do lineup do primeiro dia do Primavera Sound Festival em São Paulo era a cantora, compositora, produtora e atriz Björk. A islandesa que já recebeu o “Prêmio Nobel da Música” voltou ao Brasil após 15 anos e dividiu a opinião do público, para a surpresa da mídia e dos admiradores da artista.
Antes do seu show começar durante o pôr-do-sol do sábado (5), o telão exibia um comunicado que Björk não permitiu fotos e vídeos da sua apresentação, pois poderia tirar sua concentração (mas claro que o público fez alguns registros discretos – e eu também).
Muitos artistas brasileiros compareceram na área VIP do Palco Primavera para conferir a apresentação. Uma delas foi a Mariana Ximenes que passou por mim correndo para não perder mais nenhuma música com um look azul de paetê maravilhoso. Inclusive, a dedicação no look dos fãs de Björk foi visível e extremamente inspirado na cantora que também subiu ao palco com uma superprodução que parecia que ela tinha saído de algum filme do Tim Burton (para a minha interpretação, ela parecia uma joaninha gigante).
O show dividiu opiniões. Enquanto os fãs que estavam aglomerados em frente ao palco aplaudindo Björk e a Orquestra Bachiana Filarmônica disseram que foi um show espetacular e um sonho realizado, boa parte do público seguiu em direção aos outros locais. Os que permaneceram demonstravam incompreensão e ouvi diversos comentários negativos ao meu redor. Eu mesma não me conectei com o conceito apresentado e tive a sensação de ouvir uma única música durante toda a apresentação. Foi um momento excêntrico e peculiar.
A distância entre os palcos exigia de uma bela caminhada. Sendo assim, cheguei para ver Interpol um pouco atrasada porque andei devagar. Eu não tinha me localizado muito bem em relação à estrutura do festival e não sabia distância nem aonde realmente estavam os palcos. Segui as placas e o fluxo em direção ao próximo show mais esperado do dia e me deparei com uma floresta.
O palco principal que leva o nome da cerveja oficial do evento, Beck’s, foi montado no meio de várias árvores. Quem chegou cedo conseguiu um bom lugar no centro e nas laterais do palco, mas pessoas como eu e meus amigos, vimos Interpol e Arctic Monkeys com uma visão parcial e aproveitamos os diversos telões. O ambiente ficou intimista e aconchegante mas nada funcional. Alguns habilidosos (ou nem tanto – tava engraçado de assistir) subiram nas árvores para uma visão privilegiada.
Interpol entregou aquilo que sempre encantou seus fãs e eu fiquei com gostinho de quero mais, já que assisti poucas músicas. Tanto que quando eles saíram do palco eu soltei um “aaaah mas já acabou?!” – me lamentei. Durante o intervalo, o Palco Primavera recebia Mitiski e a gente assistiu a transmissão simultânea nos telões do Palco Beck’s. O pouco que notei e prestei atenção, me pareceu um show dramático também, como a maioria das apresentações desse palco.
Enfim, Arctic Monkeys deu o ar da graça com um hino atrás de outro, além de apresentar a nova fase da banda. Durante o show inteiro eles foram capazes de manter o público atento e na expectativa de qual seria a próxima música, mantendo um equilíbrio harmônico entre a euforia dos antigos hits e a introspeção demonstrada no novo álbum. A bela voz de Alex Tuner e os arranjos tão bem criados e elegantes do som da banda britânica tornaram a apresentação a cereja do bolo do Primavera Sound – ou o desabrochar completo de uma encantadora flor.
Quer saber mais detalhes de como foi a estreia do Primavera Sound Festival em São Paulo? Eu conto tudo aqui, como foi a minha experiência e o que eu achei da estrutura do evento.
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