Veja como foi o primeiro show da banda Emperor em São Paulo.

30 anos após sua fundação e depois do adiamento causado pela pandemia, o Emperor enfim fez sua estreia no Brasil, na Audio.

Dia 20 de maio, sexta-feira, a lendária banda norueguesa Emperor finalmente fez sua primeira apresentação em solo brasileiro. O evento aconteceu na Audio em São Paulo com show de abertura da banda Lockdown, que também fez sua estreia no palco. O som da casa ficou por conta do DJ Edu Rox, conhecido nas baladas de rock em SP e principalmente por ter sido durante anos o DJ residente do Manifesto Bar. Em seu set rolaram os maiores clássicos do metal extremo, como Bonded By Blood, do Exodus, e Blood Of Lions, do Krisiun.

Às 20h15 a banda Lockdown deu início aos trabalhos. Formada durante a pandemia por João Gordo (vocalista/ Ratos de Porão), Antonio Araujo (guitarrista/ Korzus), Bruno Santin (baterista/ ex – Oitão) e Rafael Yamada (baixista/ Claustrofobia), o quarteto fazia sua estreia nos palcos apresentando as músicas do debut “Unholy Ceremony Heretic”.

A banda contou com o baixista convidado Wescley Ferraz, substituindo Rafael Yamada que, por morar em Las Vegas, não pode estar presente. O show foi morno e não animou o público. Os destaques ficaram por conta do guitarrista Antonio Araujo, visivelmente feliz por estar no palco, sempre sorrindo, batendo cabeça e interagindo com o público, e pelo solo de bateria de Bruno Santin. O Lockdown encerrou sua performance com um cover de Raining Blood, do Slayer (sem João Gordo, que não voltou para cumprimentar o público após a apresentação), o que animou o público a ponto de um mosh pit ser formado.

Encerrada a apresentação, hora da troca de palco. A noite fria em São Paulo fez os noruegueses do Emperor se sentirem em casa ao subirem no palco às 21h20 anunciados por um membro da equipe. Ihsahn (guitarra/ vocal), Samoth (guitarra) e Trym Torson (bateria), acompanhados dos músicos Ole Vistnes (baixo) e Jorgen Munkeby (teclado) iniciaram a apresentação com a dupla de clássicos “In The Wordless Chamber” e “Thus Spake The Nightspirit”. Ihsahn em diversos momentos agradeceu o público por todos os anos de espera e disse o quanto estava feliz por estar tocando no Brasil. A iluminação baixa nos músicos e o frio contribuíram para manter a atmosfera soturna e sombria do show. A pista, quase 100% cheia,  se mostrou bem animada, cantando em coro os clássicos como “I Am The Black Wizards” e “Inno A Satana”, encerrando a primeira parte do set.

Voltaram para o bis com as músicas Alsvstar (The Oath), Ye Entrancemperium e Cosmic Keys To My Creation & Times, encerrando a apresentação tão esperada, com a promessa de que voltarão assim que possível. Um espetáculo que entregou bem mais do que prometeu, em uma noite fria de sexta feira que mostrou mais uma vez porque a América do Sul tem a melhor plateia do mundo.