O quinteto paulistano mostra aos fãs o resultado da sua união em um álbum extremamente emotivo, que demonstra a essência da banda.
A banda paulistana Bullet Bane iniciou sua trajetória no ano de 2009 e já conta com mais de 10 trabalhos lançados, entre álbuns, EPs e splits, além de um DVD Ao Vivo. Nesta último sábado (21), eles escolheram o Fabrique Club para o show de lançamento do seu quinto álbum de estúdio, BLLT, que marca o recomeço do grupo e mostra ao público toda a sua união.
Formada por Arthur Mutanen (vocal), Danilo de Souza (guitarra), Fernando Uehara (guitarra/ teclado), Rafael Goldin (baixo) e Renan Garcia (bateria), o novo álbum que contém 8 faixas e foi totalmente produzido em conjunto pelos próprios integrantes. Eles estavam prontos para dar aos fãs a melhores experiência possível nesta noite. Inclusive, preparam uma produção visual diferente de qualquer outro show já realizado, com auxílio de projeções no telão.
Infelizmente, a banda se deparou com alguns problemas técnicos logo no começo da apresentação mas contornou todos os imprevistos de maneira rápida e fez um show energético, cheio de clássicos.
O aquecimento ficou por conta do DJ Marco Serra, idealizador da festa Emo Revival. Seu set foi composto por diversos clássicos da música emo de todas as fases, passando por Fresno, Machine Gun Kelly, My Chemical Romance enetre outros.
Às 20h o Bullet Bane começo sua performance com a faixa de abertura do disco novo, “Pra Não Ter Que Chegar Onde Eu Errei”. Ocorreram falhas no som, forçando a banda a ter que recomeçar. Em seguida tocaram as novas “Esse Vazio Ocupa Tanto Espaço”, “Cancela O Replay” e “Deja Vu”, momento em que Arthur explicou sobre os problemas no som e fez um discurso sobre solidão e sentimentos, falando sobre se sentir sozinho e o apoio dos fãs e amigos, recebendo palmas da plateia. O show continuou com a faixa “Escuridão”, do álbum Ponto (2020), e foi novamente interrompido por falhas no som. A banda optou por desligar o telão a fim de minimizar os problemas, fato que não interferiu na performance da banda nem na animação do público, que se manteve fiel e agitado durante toda a apresentação.
O momento de maior interação da plateia veio nas músicas “Pulso” e “Lembro Quando Começou”, em que os celulares e isqueiros foram acesos e levantados, iluminando todo o ambiente enquanto todos cantavam em coro, emocionando a banda.
O show seguiu com clássicos como “Catálise”, “Cinza”, “Cura” e “No Fim, Talvez”; sendo encerrado com a faixa “Sentir”, também do disco novo.
Após pedidos da plateia, a banda voltou para o bis, optando por tocar novamente a faixa “Pra Não Ter Que Chegar Onde Eu Errei”, com os problemas no som e telão corrigidos e, segundo Arthur Mutanen, eles queriam que o público tivesse a experiência completa com essa música.
O Bullet Bane contornou com classe os problemas técnicos e entregou um show energético, alto e emocionante, mostrando que o underground brasileiro e a música emo estão voltando cada vez mais fortes.