Imagens: Gustavo Momberg
Grupo agitou o Vibra São Paulo lotado na noite de domingo.
“Mamonas Assassinas – O Legado” é um espetáculo que transcende o mero conceito de um show. Foi uma celebração fervorosa da genialidade e irreverência dos Mamonas Assassinas, cuja carreira meteórica deixou uma marca indelével na música brasileira. Nesta incrível homenagem, todos os elementos se alinharam de forma espetacular.
Logo na entrada fomos recebidos com uma belíssima exposição de itens originais que fizeram parte da carreira da banda, como instrumentos, fantasias, letras escritas à mão e até mesmo a Brasília Amarela!
A banda do filme é composta por músicos extremamente versáteis e talentosos, escolhidos de forma muito criteriosa. Ruy Brissac (Dinho), Beto Hinoto (interpretando seu tio Bento), Nelson Bonfim (Júlio Rasec), Willian Falanque (Sérgio Reoli) e Lucas Theis (Samuel Reoli) estudaram os shows, os trejeitos e a personalidade da banda. O figurino e o cenário, cuidadosamente criados para evocar a essência dos Mamonas, transportaram o público para a década de 90. Com frequentes trocas de roupa entre as músicas, o cuidado em manter a fidelidade com o original merece destaque. O palco resplandeceu com cores vibrantes e elementos cênicos que pareciam saídos diretamente dos videoclipes da banda. Cada detalhe, desde os trajes até os instrumentos, foi meticulosamente pensado.
O show começou com um teaser do filme, que está próximo de ser lançado, como o Diário de Shows te contou aqui. A primeira música foi “Cabeça de Bagre”. Por pouco mais de 1h de apresentação, foram tocadas todas as 14 faixas lançadas no único álbum de estúdio da banda, de 1995, e mais a que só foi tocada ao vivo, a divertida “Não Peide Aqui, Baby”.
Eram frequentes as interações da banda com o público, especialmente nas músicas mais conhecidas como “Vira-Vira”, acompanhada da dancinha, e “Robocop Gay” e “Bois Don’t Cry”.
O público era composto por faixas etárias diversas, indo desde crianças até pessoas mais velhas que acompanharam o sucesso dos Mamonas na época. Vale mencionar a presença do QG dos Mamonas, um fã clube administrado por adolescentes. Muito bom ver a nova geração emocionada com música boa! O Yuri, ADM do QG, estava lá e gentilmente nos cedeu as imagens que tirou com a banda:
Lucas Theis e Willian Falanque
Beto Hinoto
Nelson Bonfim
Ruy Brissac
A banda que assumiu a difícil tarefa de encarnar os Mamonas Assassinas estava muito bem ensaiada. A habilidade com a qual tocaram as músicas emblemáticas da banda original e a energia que trouxeram ao palco foram verdadeiramente impressionantes. Foi uma apresentação que honrou o legado dos Mamonas com maestria.
A super produção deste show merece elogios. Os efeitos especiais, a iluminação e a qualidade de som foram de tirar o fôlego. Isso permitiu que o público imergisse completamente na experiência e revivesse a magia que os Mamonas Assassinas proporcionavam em seus espetáculos.
No entanto, o momento mais emocionante e tocante do show foi, sem dúvida, a presença dos familiares dos Mamonas no palco. Ver a gratidão nos olhos deles, a emoção no rosto dos parentes, e a conexão profunda com a plateia foi arrebatador. Foi um tributo não apenas à banda, mas também a esses jovens talentos que foram tirados de nós prematuramente.
Finalizando, Ruy reproduziu o discurso de Dinho da apresentação de Guarulhos em 1996, onde ele desabafou sobre como é importante não desistir dos nosso sonhos.
“Mamonas Assassinas – O Legado” é mais do que um tributo, é uma celebração da vida e da música. É uma experiência que faz rir, chorar e dançar, tudo ao mesmo tempo. Uma ode à irreverência, ao talento e à paixão que os Mamonas Assassinas trouxeram para o cenário musical brasileiro. Um espetáculo que não apenas honra, mas mantém viva a chama desses ícones eternos.
Setlist:
- Cabeça de Bagre
- Chopis Centis
- Jumento Celestino
- 1406
- Mundo Animal
- Vira-Vira
- Sabão Crá-Crá
- Robocop Gay
- Bois Don’t Cry
- Uma Arlinda Mulher
- Débil Metal
- Sábado de Sol
- Lá Vem o Alemão
- Não Peide Aqui, Baby
- Pelados em Santos