Imagem: Lucca Miranda
Explorando memórias pessoais e coletivas no novo álbum, Dead Fish apresenta um trabalho sólido e reflexivo.
O Dead Fish, renomada banda de hardcore brasileira, apresenta seu nono álbum de estúdio, Labirinto da Memória. Neste trabalho, o vocalista Rodrigo Lima embarca numa exploração pela memória coletiva, impulsionada pela leitura do livro “Realismo Capitalista” de Mark Fisher. Rodrigo, ao completar 50 anos, optou por abordar suas memórias não como nostalgia, mas como um compêndio de experiências, expressas de forma poética em parceria com Álvaro Dutra.
As letras, registradas em seu inseparável caderno, abordam não apenas o passado, mas também questões atuais. Os primeiros singles, como “Dentes Amarelos”, refletem sobre o tempo que passa, enquanto músicas como “Estaremos Lá” exploram eventos no Brasil e no mundo. “Aos Poucos” é uma composição dedicada à filha, e “Divino Caos” mergulha na riqueza da experiência humana.
Rodrigo Lima compartilha sua perspectiva sobre as memórias, destacando que estas não se limitam ao vivido, mas também ao observado, conhecido e assimilado pelo inconsciente. Musicalmente, o álbum mantém a essência punk e hardcore da banda, agora com uma abordagem ligeiramente mais melódica, sob a produção de Rafael Ramos e Ricardo Mastria. Apesar dos desafios, Rodrigo destaca a natureza otimista do disco, refletindo uma jornada bem-sucedida até o momento.
Labirinto da Memória já está disponível em todos os aplicativos de música, sendo um lançamento pela gravadora Deck: