Festival Turá tem segunda edição em clima de carnaval no Parque Ibirapuera

Evento contou com line-up 100% brasileiro, explorando a diversidade cultural do país

A chegada do inverno não foi um problema para acontecer a segunda edição do Festival Turá, neste final de semana, já que o Sol marcou presença durante todo o sábado, dia do evento que o Diário de Shows esteve presente para a cobertura. A capital paulista se encheu de energia e vibração ao receber um festival que prometia pela segunda vez encantar os corações dos amantes da música – e conseguiu. Com um lindo pôr do sol, artistas de renome e novos talentos se uniram para proporcionar uma experiência inesquecível.

O Turá começou com o jovem de 20 anos Lucas Mamede, marcando sua estreia na agenda dos festivais, e cativando a plateia com sua voz suave, ritmos da MPB, forró e letras românticas do álbum de estreia “Já Ouviu Falar de Amor?”, divulgado em fevereiro deste ano. Sua presença no palco foi uma promessa de que novos talentos estão surgindo no cenário musical brasileiro, trazendo frescor e originalidade.

Após Mamede, Maria Rita subiu ao palco junto de Sandra de Sá, colocando todo o público para sambar. A artista apresentou o show “Samba de Maria”, levando hits como “Olhos Coloridos” e “Cara Valente”. A apresentação também foi de muita homenagem, já que Maria Rita cantou “O Bêbado e a Equilibrista”, música imortalizada na voz de sua mãe, Elis Regina.

Com a ideia de levar a diversidade musical e cultural do país, na sequência MC Hariel levou o chamado “funk consciente” e seus sucessos ao público do Turá, realizando discursos emocionados intercalando hits como “Profecia” e “Tem Café” (parceria com o cantor Gaab): “Eu vim no Ibirapuera com a escola, hoje estou aqui cantando”. Mais tarde, comentou no microfone com a mãe, que o assistia na plateia: “To no camarim do lado do Jorge Ben Jor, dá para acreditar?”.

Assim que Zeca Pagodinho apareceu no telão no momento da sua apresentação, o público foi à loucura. O show do artista deveria ter acontecido em 2022, porém, por ter contraído Covid-19, foi substituído por Paulinho da Viola. O encontro, no entanto, não poderia ter sido mais especial. O carioca brindou com cerveja e vinho durante as músicas, esbanjou simpatia e emendou um atrás do outro aqueles sucessos que todo mundo conhece e faz questão de cantar: “Deixa a vida me levar”, “Verdade”, “Saudade Louca”, “Vai Vadiar” e muito mais.

Pagodinho foi um enorme aquecimento para o headliner da noite e tão esperado em solo paulista, Jorge Ben Jor, que mostrou que, aos 84 anos, tem fôlego de sobra e muita disposição para um show digno de tarde de Carnaval. Sua banda, que conta com colaboradores mais recentes e também de anos de estrada, brilhou a cada minuto, praticamente um show à parte dos solos de Jorge Ben. O repertório abrangeu anos da carreira, marcado por “Jorge da Capadócia”, “A Banda do Zé Pretinho”, “A minha menina”, “Oba, Lá Vem Ela”, “Os alquimistas estão chegando”, “Mas que nada”, “País Tropical”… daqueles shows para ir pelo menos uma vez na vida (e muito mais outras).

O sábado no Turá também foi marcado por bastante fila nos bares, o que causou incômodo no público, que desistia de encarar a fila para não perder suas músicas favoritas. No domingo (26), o lineup contou com shows de Tuyo, Gilberto Gil, Delacruz, BK’ e Luccas Carlos, Pitty, Marcelo D2 e Céu, Joelma e Mariana Aydar.