Diário de Shows entrevistou a banda que se apresentou no Crossover Sessions.
O Vulgar Pantera Tribute foi a banda que fechou o lineup da live do Crossover Sessions, que rolou dia 28 de novembro, pelo youtube.
Conversei um pouco com o Rodrigo, vocalista do Vulgar Pantera Tribute sobre os pontos positivos e os grandes desafios de tocar em uma banda tributo, além conhecer melhor a história deles e como tem sido essa fase de paralização dos eventos para a banda.
Particularmente, eu sempre achei bem desafiador ser uma banda tributo (na minha imaginação) pelo simples fato de que os fãs são muito exigentes hahaha. Se você não é fidedigno, ou uma perfeita reprodução do original, a rejeição é enorme mesmo você sendo um ótimo músico. O que claramente não é o caso do Vulgar Pantera Tribute.
Então a primeira pergunta que já fiz para o Vulgar Pantera Tribute foi justamente sobre esse assunto e o Rodrigo me contou que “a maior vantagem é de poder reproduzir as músicas de uma banda que amamos, somando isso com a vibe e energia da galera é algo muito gratificante. E os cachês que recebemos nos ajudam a financiar ensaios, divulgação e todos os custos que uma banda tem (que não são poucos). O grande desafio é ser um tributo ao PANTERA, uma banda com muita técnica e peso. Tirar as músicas e reproduzi-las com qualidade exige muita dedicação e esforço, mas felizmente temos um time muito competente e experiente.”
O Vulgar Pantera Tribute começou em 2009 quando o antigo batera (Silvio) e o Rodrigo decidiram montar uma banda e escolheram o Pantera. “Curtimos muito e acreditamos que teríamos espaço pra fazer shows.” Tiago (Guitarra) e o Adrian (antigo baixista) fizeram parte da primeira formação que durou 5 anos. Depois disso, Adrian e Silvio deixaram a banda e em 2015 entraram Eric (baixo) e Jean (bateria).
Outra curiosidade minha sobre banda tributo é a forma que eles escolhem o setlist dos shows. Por exemplo, será que eles seguem o que as bandas oficiais fazem/fizeram nas turnês? O Rodrigo me explicou como o Vulgar Pantera Tribute faz:
“O processo da escolha do repertório é até que simples: dividimos o set em clássicos que precisamos tocar e mesclamos com algumas músicas lado-b que gostamos e que funcionam bem ao vivo.”
Você pode notar que essa entrevista foi baseada nas minhas curiosidades, né? Hahah então também perguntei se eles já pensaram em se tornar uma banda autoral e o Rodrigo disse que sim mas já descartaram a possibilidade.
“No começo, sim, até começamos a flertar um pouco com isso. Mas os trabalhos de uma banda autoral requer muito mais dedicação e tempo que uma banda tributo/cover, então decidimos deixar essa parte de lado. Mesmo porque alguns integrantes já possuem outros projetos autorais.”
A chegada da pandemia derrubou o show comemorativo dos 30 anos do “Cowboys From Hell”, onde o Vulgar Pantera Tribute tocaria o álbum na íntegra. O vocalista contou também que ficaram 6 meses sem ensaiar mas continuaram a interação com o público pelas redes sociais.
“Mais recentemente, chegamos a fazer um show quando iniciou a fase de flexibilização da quarentena e agora fizemos essa live em parceria com a Crossover Records.”
Para finalizar nossa conversa, eu quis saber qual foi o show mais marcante que o Vulgar Pantera Tribute já realizou até hoje!
“Tiveram alguns shows muito bons, mas um dos melhores rolos em campinas. Quando chegamos, o lugar estava tão cheio que tivemos que esperar a banda de abertura terminar de tocar pra conseguirmos entrar na casa. Tinham cerca de 350 pessoas em um bar pequeno, foi um absurdo! A vibe da galera foi incrível. Também vale destacar quando tocamos o Vulgar Display of Power na íntegra, no aniversário de 25 anos do álbum e no ano passado organizamos o Dime Fest, um tributo para homenagear os 15 anos sem o guitarrista do Pantera.”
Obrigada Vulgar Pantera Tribute por esse bate-papo! E se você que leu até aqui curtiu conhecer um pouco melhor a banda, aproveita para continuar acompanhando o trabalho deles pelas redes sociais: Facebook | Instagram.