Best of Blues and Rock 2023: Primeira noite foi marcada por nostalgia e guitarristas virtuosos

Best of blues and rock 2023

Best of Blues and Rock 2023 marca noite com nostalgia e guitarristas virtuosos no primeiro dia do festival dia 02 de junho.

Eita finalzinho de semana cheio de festival. É assim que a gente gosta! E para começar a jornada repleta de música, neste final de semana durante os dias 02, 03 e 04 de junho, aconteceu a décima edição do Best of Blues and Rock.

A primeira noite ficou marcada por grandes guitarristas. Sendo um show a parte para os amantes deste instrumento. De um lado, pela banda Extreme com Nuno Bettencourt, nascido em Portugal, apresentou sua técnica impecável e virtuosa em solos rápidos e bem executados. Enquanto Tom Morello, se divertia com sua guitarra como se fosse um brinquedo, dominava cada nota com maestria, impressionando a todos com o seu talento e capacidade de extrair um som diferente do seu instrumento em cada momento.

Mas primeiro…

Ladies First:

Nanda Moura

Nanda Moura estava imponente com sua guitarra Cigar Box de 3 cordas – nome dado devido a guitarra parecer uma caixa de cigarro – e seu belo traje de terno e chapéu preto. Não é de se imaginar que o show dela fosse potente, pois ela é detentora de um belo timbre vocal.
Nanda deu a letra para que era o festival: Blues. Aliás, a única que realmente fez valer o nome do festival: Best of Blues and Rock

Principalmente ao tocar “Let the Good Time Rolls“, clássico de B.B. king foi o ponto alto do festival quando falamos de Blues.

 

Malvada

O nome faz jus a proposta das mulheres Malvadas. Angel Sberse (vocal), Bruna Tsuruda (guitarra), Marina Langer (Baixo) e Juliana Salgado (bateria) mandaram ver nas músicas Mais um Gole com backing vocal e guitarra potentes e no som perfeito de Perfeito Imperfeito.

Teve ainda homenagem a Rita Lee reforçando a força da Mulher no Rock’n Roll. A outra homenagem foi para Janis Joplin em uma versão pesada de “Summertime” com direito a uma empolgação da vocalista Angel que fez a galera dar uma enlouquecida.

 

Extreme

Ouvi pessoas do meu lado dizendo: nossa, é o Extreme que canta essa música? Não sabia.
Pois é, o Extreme é dono de algumas baladinhas que muita gente nem sabia.

Nesse embalo, o Extreme arrancou gritos e mais gritos no Best of Blues and Rock. Quem se lembra do show do Depeche Mode em Berlin, mais precisamente na música Enjoy the Silence? (quem não viu, recomendo). O swing do Gary Cherone (vocalista) lembrou a performance do Dave Gahan (Depeche). Eram giros, danças, performance com o microfone, sua roupa brilhante, um palco colorido cheio de efeitos visuais tanto na voz quanto na guitarra animaram o público em alguns momentos de nostalgia.

No inicio o pessoal não estava tão animado, eles começaram com músicas do álbum novo Six.

Best of blues and rock 2023
 

Mas ao som de Rest in Piece, não tinha uma pessoa parada.

O publico era bem misturado. Tinha uns oitentistas até uma galera mais nova. As mais novas gritavam loucamente, as 80’s dançavam como se estivessem em 1985.

Não à toa, a banda já perguntou ao publico em forma de música Do You Wanna Dance, um dos outros clássicos da banda. De novo, com uma performance bem swingada.

 

Guitarra virtuosa

Best of blues and rock 2023

O show ficou marcado pelo virtuosismo e de impressionante técnica de Nuno Bettencourt (guitarra). Nascido em Portugal, dono de uma técnica impressionante, deixou o público hipnotizado ao pegar seu violão e mostrar do que ele é capaz.

Na sequencia, aproveitando o violão em mãos, Gary ecoou: “Essa música virou um dueto entre eu, Nuno e vocês” para emendar o maior hit balada que fez muitos casais apaixonados (ou não kkk) ficarem abraçados enquanto Nuno e Gary cantavam o hino More Thans Words.

Para finalizar, uma das músicas mais esperadas Get the Funk Out recebeu a ilustre presença de Mateus Asato, que acompanha as estrelas Bruno Mars e Jessie J, que brilhou no dueto com Nuno.

Show marcado por luzes azul e rosa, performance do vocalista, virtuosismo e técnica de Nuno, de um baixo que faz o acompanhamento e um timbre perfeito nas músicas e claro de uma bateria muito bem tocada. A cada batida do Bumbo do baterista, o corpo vibrava, até a calça tremia no corpo.

Tom Morello

Tom Morello chegou exibindo sua personalidade marcante. Já começou falando sobre não ao fascismo, com sua forma bem política que faz em quase todos os shows.

Ele enfatizou muito a palavra união. Tanto que várias vezes durante as músicas ele perguntou: “Vocês estão com a gente nessa?”
Amor, paz, igualdade fez parte da mensagem deixada pelo guitarrista/vocalista.

Best of blues and rock 2023
 

Tom já iniciou a primeira música One Man Revolution do seu projeto The Nightwatchman com uma foto de Chris Cornell de fundo em homenagem ao seu amigo e parceiro de banda Audioslave.

O guitarrista fez solos hipnóticos, cheio de efeitos. A guitarra dele parece um brinquedo. Até a extremidade da guitarra, quando passava a mão, saia um som. Tom Morello foi todo equipado com sua forma tecnológica que só ele tem.

Tom como sempre: de boné, echarpe e sua famosa guitarra Mongrel que está com ele em todos os shows na altura da sua barriga com os dizeres: “Arm the Homeless”, guitarra feita de acordo com as especificações dele.

Passeou nos riffs mais icônicos da época de Rage Against the Machine: Bulls on Parade, Guerrilla Radio e Sleep in the Fire. Na sequencia mais um riff dessa época: Testify e Freedom.

 

O Auge do Show

Best of blues and rock 2023
 

Killing in the Name foi tocada na íntegra com o vocal sendo feito pela plateia que estava enlouquecida com o maior hit do guitarrista. Um mini bate cabeça se formou nos mais fervorosos.

Eu gravei 21 discos na vida, vou tocar 17 músicas deles“. Não faltou diversidade no show dele, desde som mais pesados até um blues aconchegante só que com uma pitada Tom Morello de ser: efeitos daquela guitarra que parece uma pickup de Dj.

Mais uma homenagem ao que pareceu ser o dono da noite para Tom Morello. Chris Cornell dessa vez foi homenageado com a música Cochise quando Tom chamou Nuno e Gary, guitarrista e vocalista do Extreme, para fazer o som. Foi de arrepiar.

Além de Extreme, Steve Vai também foi chamado ao palco para finalizar o show ao som de Power of the People de John Lennon. Música que parecia não acabar, ele deve ter tocado o refrão Power of The People umas 10x. No finalzinho, Tom pediu para todos abaixarem e só se levantarem quando ele mandar : “When the beat drop, jump the fuck up , Brazil” e a galera levantou e gritou Poweeeeer of the Peeeeople.

Tom soltou o microfone no chão às 22h cravado, fazendo um estrondo dizendo: “Obrigado, vão com calma e até domingo”.

 

Créditos das Fotos: @AndréVelozo

Best of Blues and Rock: segundo dia do festival apresentou uma mistura de hardcore nacional com o clássico do blues

Best of Blues and Rock: a décima edição do evento encerrou o terceiro dia com encontros memoráveis

Confira mais sobre o Best of Blues And Rock 2023 no Instagram do Diário de Shows