A sexta edição do Oxigênio Festival teve shows, bate-cabeças e imprevistos. Um final de semana mais rock ‘n roll, impossível.
Durante os dias 13, 14 e 15 de Setembro aconteceu a sexta edição do Oxigênio Festival. O Via Matarazzo em São Paulo foi sede para dois palcos com apresentações incríveis, oficinas patrocinado pela Vans, games, muita diversão e alguns imprevistos. Sem sombra de dúvidas, o Oxigênio Festival vêm se consolidando como referência no assunto festival de rock nacional.
Apesar do festival já estar em sua sexta edição, o Diário de Shows compareceu pela primeira vez este ano. Se você quiser saber os detalhes sobre a organização desta edição, clica neste post que eu contei tudo lá! Agora, eu vou te contar como foi a minha experiência no Oxigênio Festival 2019.
O primeiro dia: sexta-feira 13 de setembro.
O Oxigênio Festival começou na sexta-feira à noite. Por volta das 19h a fila já começou a se formar na calçada da Via Matarazzo. Houve um pouquinho de atraso na entrada do público por problemas técnicos mas nada que gerasse algum desconforto muito grande.
A entrada do festival era pelo palco Side Stripe. Todos os dias, a primeira banda que tocava neste palco era uma que venceu o concurso organizado pelos patrocinadores e foi à voto popular.
Eu assisti um pouquinho do show da banda CEFA, em seguida fui para o Bayside Kings no palco principal. Tinham muitos fãs uniformizados do Bayside! A galera fazendo o mosh já dando início à pancadaria que rolou o final de semana inteiro. O vocalista Milton Aguiar desceu do palco e fez o show no meio da pista.
Fui conhecer o trabalho do Codinome Winchester e enquanto a banda tocava eu só conseguia pensar “porque essa banda ainda não tá no Lollapalooza?”. Eles são incríveis! Fica a dica pra você aproveitar pra assistir show desses caras enquanto eles ainda não estouraram. Aliás, vários nomes do line-up do Oxigênio Festival eu daria essa dica.
Sugar Kane trouxe a nostalgia do público que curte o rock underground há uns bons anos atrás. Aquele momento de “ah que saudade dos roles no hangar”. Dei uma passada breve no show da banda O Inimigo e fui garantir um lugar à salvo no show do Dead Fish. O que não tive muito sucesso, porque apesar de ter ficado a maior parte do tempo no PIT encostada na grade, dois caras caíram por cima da minha cabeça, literalmente.
O primeiro dia de Oxigênio Festival acabou com o show do CPM 22. Eu particularmente adoro a banda, e foi muito legal assistir sem estar esmagada e quase morrer como foi no meu primeiro show deles hahaha (dá uma olhada aqui). Explodimos nossos pulmões de cantar os maiores sucessos da banda até quase 2h30 da manhã.
A estréia do Oxigênio Festival já tinha valido muito a pena. Além das apresentações incríveis, ainda encontrei um amigo que eu não via a muito tempo!
O festival foi isso também, encontros.
O segundo dia: sábado, 14 de setembro.
A banda que abriu o segundo dia de Oxigênio Festival foi o Nemodes. Eu fui direto para o palco Off The Wall conhecer as meninas do The Monic. A banda formada por 4 mulheres, trás um som bem característico de garage band, com guitarras distorcidas e som pesados. Elas estavam todas vestindo branco, em homenagem à uma moça que foi assassinada.
Em seguida, no mesmo palco, o Ratos de Porão marcou presença infelizmente sem o João Gordo que ainda está se recuperando de um forte quadro de pneumonia. Dei uma passadinha pra ver o som do Zumbis no Espaço que estava agitando a galera no palco Side Stripe e voltei para ver o Molho Negro.
O show do Molho Negro é algo que eu só consigo definir como “o vocalista meteu o loco o show”. Eu assisti do mezanino, quando vi lá de cima o vocalista estava deitado no chão, no meio da pista, enquanto os fãs faziam o mosh ao redor dele e ele tocava guitarra girando no chão. Conseguiu visualizar? Dai como não bastasse, ele entregou a guitarra para um fã que ficou tocando alguns acordes enquanto ele cantava. Depois, pegou a guitarra de volta e estourou as cordas uma por um. Rock ‘n Roll, né?
Voltei para o Side Stripe para conhecer o som da banda Nervosa, mas não fiquei mais de uma música. Trash Metal não é muito o meu estilo, então fui dar uma passadinha na oficina de bottons que a Vans estava promovendo. Lá conheci o Giuliano, baterista da banda Deb and the Mentals. Ele desenhou o logo do Diário de Shows e fiz um botton do blog!
Voltei para o palco principal onde o Mi Vieira fez um show bem emocionado com o Glória. Além do envolvimento total do público, a banda estava com a energia no talo durante a apresentação. O vocalista declarou que aquele era um momento muito importante, porque era um dos shows que ele estava fazendo sóbrio.
Em seguida o PENSE subiu ao palco e dai entendi o euforia do público quando na sexta-feira, o Badauí perguntou qual era a banda que o pessoal mais queria ver no dia seguinte. Eu não conhecia a banda, fiquei surpresa com a intensidade dos fãs que o PENSE carrega.
O show era aquela zona, da galera subindo no palco e se jogando na pista. Um fã até acabou se machucando, e a banda até parou o show por um momento, para o fã ser socorrido. Neste momento, o vocalista Lucas Guerra, pediu a atenção do público e afirmou que eles não são uma banda violenta, porém são agressivos. O público do PENSE se identifica com a vontade de externalizar em movimentos bruscos com a sonoridade da banda, a opressão que a sociedade impõe.
O PENSE foi uma das bandas mais esperada pelo público do Oxigênio Festival no sábado. Eu acabei não assistindo as próximas bandas porque tinha o show da Pitty na Audio.
O terceiro dia: domingo, 15 de setembro.
Quando cheguei ao Oxigênio Festival no domingo, a banda Sapataria estava aquecendo o público. Também vi só um pouquinho do Wiseman e fui dar uma olhada se o pessoal estava mandando bem no Karaokê Band, e estavam. Voltei para o o palco Off The Wall para conhecer a banda Charlotte Matou um Cara. A vocalista ressaltou a dificuldade de ter bandas formadas por mulheres, o preconceito e a dificuldade para fortalecer a presença no cenário.
Fiquei muito feliz que a banda Violet Soda também estava no line-up do Oxigênio Festival no domingo! Eu tinha acabado de assistir o show deles na Audio e tinha adorado! Quando olhei a programação do dia e vi o nome deles no palco Side Stripes, eu aproveitei pra assistir de pertinho desta vez.
O Darvin deixou o público satisfeito com a sua apresentação. Os fãs mataram a saudade dos clássicos da banda e tiveram uma troca de energia bem bacana com os integrantes. “Que sintonia foda! Foi demais mesmo!”comentou a banda no vídeo que publiquei, que um amigo meu e fã da banda me mandou. Eu perdi o show do Darvin porque confundi eles com a banda Armada no palco principal. Pode rir. E é, meu amigo não me avisou que já estava no show.
No palco principal o Esteban acalmou o público com suas músicas melódicas. Acabei perdendo o show do Cólera e do Autoramas, infelizmente. Eu acabei me distraindo do lado de fora enquanto socializava com meus amigos. No domingo, foi um dia de encontrar muita gente e fazer novas amizade. As bandas estavam lá se misturando também, foi um ótimo momento para aproximar o público dos artistas.
Quando o Strike surgiu no palco a energia da galera foi tanta, mas tanta, que deu curto circuito no festival. Brincadeiras à parte, quando o show do Strike já estava quase no final a energia do palco principal caiu. O público continuou cantando “em você encontrei tudo o que eu sempre quis”, mas infelizmente não foi possível dar continuidade ao show.
Entretanto, o palco Side Stripes continuou com a programação normal com o show do Granada, enquanto a produção tentava dar um jeito do Far From Alaska e Francisco El Hombre se apresentarem no palco Off The Wall.
O show do Granada estava incrível! O público estava emocionado, cantando todas as músicas da banda. Seria ótimo se eles voltassem à ativa pra valer. Enquanto isso, na pista do Off The Wall a banda Francisco El Hombre fechou a noite com um sarau acústico, já que o palco estava impossibilitado para uso. E no Side Stripes, o Dibob terminou o Oxigênio Festival com seus clássicos.
Pontos Positivos:
- Um line-up completo, valorizando todas as categorias do rock nacional.
- Estrutura do local. Os dois palcos apesar de serem com apresentações simultâneas, eles eram próximos, permitindo aproveitar o máximo de ambas as apresentações e sem aglomerações.
- Acessibilidade dos fãs às bandas.
- Pontos de caixa e bares espalhados por todos os lugares.
- Banheiros limpos!
- Lixos espalhados por todos os lugares, evitando que a galera largasse o lixo em qualquer canto.
- Cabine de Photo Booth!
- Oficina da Vans
- As bandas promovendo a união, o companheirismo, o apoio mútuo.
Pontos Negativos:
- Variedade no cardápio, e no meio da tarde do domingo o cachorro-quente acabou.
- O som estava extremamente alto, acabei comprando protetores de ouvido para aproveitar melhor os shows sem prejudicar minha audição.
- Algum patrocínio de “mimos” para os fãs nas ações de marca.Como acontece no Lollapalooza. As oficinas estavam legais pra quem já tem uma pré-disposição à trabalhos manuais, não chamou a atenção de todo o público.
- A iluminação do palco Side Stripes.
- A organização da fila na entrada do festival.
Considerações Finais
Para quem foi ao Oxigênio Festival só para assistir Far From Alaska, vai poder comparecer ao show extra que a banda se disponibilizou à fazer por conta do contratempo. Para os consumidores que ficaram insatisfeitos pelo ocorrido no final do festival, também podem solicitar o reembolso do ingresso.
Sei que muitos fãs vão acabar falando mal do Oxigênio Festival devido à falta de energia no último dia, que impossibilitou a apresentação de algumas bandas. Mas no geral, pra quem aproveitou desde o começo como eu, tenho certeza que o Oxigênio Festival se tornou um evento importante na agenda de quem ama festivais, daqui pra frente.
Se você ama rock, não perca a próxima edição!
Parabéns aos organizadores do Oxigênio Festival e obrigada ao Tedesco Comunicação e Mídia pelo credenciamento aprovado!