Concerto regido por Felipe Prazeres apresenta releitura do álbum de maior sucesso do Metallica.
O Allianz Parque foi palco para uma série de apresentações durante o final desta última semana. Finalizando esta temporada do Projeto Álbuns, a Orquestra Petrobras Sinfônica realizou um concerto em homenagem ao Metallica no dia 30 de Junho. O regente Felipe Prazeres levou o público ao delírio com a beleza dos instrumentos clássicos misturados com distorções eletrônicas.
O regente informou que os músicos reproduziriam o álbum completo na sequência em que foi gravado, com um intervalo de 20 minutos, e retornariam para tocar o lado B. O show começou exatamente como qualquer apresentação do Metallica: a intro tradicional e a gritaria dos fãs.
Os solos de guitarra reproduzidos por violinos estridentes.
Cada naipe tem a sua importância dentro de uma orquestra, mas nesta noite não posso deixar de evidenciar a performance dos dois violinistas que rasgaram as notas musicais em solos com os efeitos e distorções, simulando guitarras de respeito em um show de rock. Foi de tirar o fôlego! Segundo o Prazeres, a voz ficaria por conta dos instrumentos de sopro mas o público representou perfeitamente James Hetfield.
O álbum de maior sucesso do Metallica, lançado em 1991, teve arranjo de Ricardo Candido. Black Álbum foi reproduzido por 80 músicos clássicos com a participação da bateria e baixo elétrico. A união dos dois mundos encantou todos ali presentes. Como em um concerto, em cada finalização todos se levantavam para aplaudir o trabalho esplêndido que foi exibido naquele palco.
Todos sabem que a tradição de um show é a banda voltar para tocar mais uma música ou duas antes das luzes ascenderem e a gente ter que se despedir. Dessa vez, o encore durou 5 músicas! Ninguém, nem da platéia nem do palco, gostaria que aquela sonoridade acabasse. A Orquestra Petrobras Sinfônica foi ovacionada ao ritmo da salva da palmas. E na minha cabeça o pensamento “O Metallica precisa assistir isso!”.