Lady Gaga retorna ao Dark Pop na estreia de “Mayhem”

Lady Gaga - Reprodução/Facebook

Lady Gaga  – Reprodução/Facebook

Novo álbum de estúdio da Mother Monster traz forte influência de Rock e New Wave, com um ar voltando aos anos oitenta e noventa

Lady Gaga trouxe ao mundo, nesta sexta-feira (07) o seu retorno ao aclamado dark pop com a estreia de Mayhem. O disco, que traz fortes influências de bandas de rock dos anos 80 e 90, e mostra seu lado mais intenso para suceder Chromatica (2020).

O sétimo álbum da Mother Monster proporciona experiência que chega a relembrar o início de sua carreira nos álbuns The Fame (2009) e Born This Way (2011). Ao todo, 14 músicas marcam o novo trabalho da artista, entre parcerias com Gesaffelstein e Bruno Mars.

Mayhem pode ser descrito como a icônica frase do videoclipe do “Abracadabra”: “Dance Or Die” (Dance ou Morra). O álbum te coloca em transe de dança, mesmo parado em um transporte público ou sentado no escritório trabalhando.

Alem disso, ainda vale lembrar que a cantora vai se apresentar no Brasil no dia 3 de maio, onde os Little Monsters vão poder conferir nas areias de Copacabana, no Rio de Janeiro, o seu mais novo trabalho.

Introdução ao Mayhem 

Fica nítido que Gaga buscou trabalhar em cima de uma sonoridade de rock, trazendo a raiva do grunge, os sintetizadores do New Wave, Dark Wave e Synth-pop.

Abrindo com as já conhecidas do público “Disease”, e a aclamada “Abracadabra” mesclam guitarras pesadas a ritmos eletrônicos, relembrando artistas como Nine Inch Nails, Radiohead e uma pitada Faith No More.

Garden Of Eden” poderia simplesmente estar no disco de estreia da banda Muse, por relembrar boa parte das músicas do álbum Showbiz (1999).

Em “Perfect Celebrity” Gaga expõe o lado desumano do mundo da fama perante a indústria do entretenimento e a   sociedade do espetáculo. “Vanish Into You” traz toda a inspiração da artista em David Bowie.

Sintetizadores e vocais potentes

O som dançante se prevalece em todas as faixas, com destaques as referências de “Killah”, parceria com Gesaffelstein e “Zombieboy”, que evocam nomes como Eurythmics, Nile Rodgers, Haddaway, Dead Or Alive, Blondie, Michael Jackson e Modjo.

LoveDrug” se encaixa como uma luva em pistas de dança e, ao lado de “How Bad Do U Want Me”, trazem à tona lembranças de Synth-pop e artistas como A-ha, Depeche Mode, Berlin e Orchestral Manoeuvres In the Dark.

Nos momentos finais do disco, a Mother Monster traz “Don’t Call Tonight”, onde as guitarras chamam a atenção por sua guitarra marcante. “Shadow Of A Man” tem uma letra tocante sobre mulheres e a dificuldade em um mundo masculinizado.

“The Beast” traz a essência de Prince e instrumentais que chegam a remeter uma leve lembrança a banda Toto. “Blade Of Grass”, por sua vez, é uma balada intensa que poderia facilmente ser apresentada por Scorpions ou Aerosmith nos anos oitenta e início noventa, sendo trilha sonora de certos filmes e novelas da época.

O álbum encerra, “Die With A Smile”, dueto da cantora com Bruno Mars, que se tornou queridinha entre os fãs de ambos os artistas.

Conclusão

Lady Gaga abriu um portal que transporta os ouvintes a uma experiência única nos anos oitenta e noventa, podendo ditar artistas mais novos a serem influenciados em sua sonoridade única na atualidade.

Ao mesmo tempo em que a cantora carrega toda a sua bagagem cultural e compartilha com seus fãs, a artista expôs seus mais profundos sentimentos em cada palavra que canta.

Por fim, baseando-se em uma escala de 0 a 5, Lady Gaga surpreende até mesmo os ouvintes de primeira viagem, que podem não conhecer suas influências, mas entendem sua importância para o cenário da música.

Nota: 5