Dia 9 de Março, Quinta-Feira, São Paulo, Citibank Hall.
Jake Bugg com toda sua personalidade inglesa, sobe ao palco pontualmente com seu violão e o foco de luz no microfone. Eu ingênua, achava que o show inteiro seria assim, com essa caraterística intimista. Nada disso, foram apenas quatro músicas até que a banda deu o ar da graça, os músicos tomaram posse de seus respectivos instrumentos e a energia se espalhou por toda a platéia, que não estava grande mas se fez presente.
Confesso que não sabia grande parte do repertório, também não me dei ao trabalho de conhecer nada além do que eu já tinha escutado, e considero ótimas. Gosto desse estilo rock, folk, pop que ele mistura. Mas eu queria ir no show, por ele, pela “fama” de introspectivo e maravilhoso músico.
Da última vez que ele esteve aqui, há dois anos atrás, ele deu uma entrevista ao G1 que me marcou muito, dizendo que usa a música para esvaziar a mente, ela é a única coisa que importa. Eu amo pessoas com esse sentimento.
Nessa entrevista ele diz : “Quando você está no palco, a música faz você voltar ao tempo em que você escreveu. “Você fica preso a uma memória. Não é como se você estivesse repetindo várias vezes, cantando sempre os mesmos versos… É estranho isso”. Parece loucura mas da platéia dá pra perceber isso. Ele tem uma postura no palco diferente, ele não se apresenta pra te agradar, ele está te mostrando a música. E é incrível como ele é sensacional ao vivo, bem melhor do que nas gravações!
Jake abriu o show com a música de trabalho e nome da turnê “On My One”, o setlist foi composto por mais três com apresentação acústica e depois ele tocou com a banda grandes sucessos como “Two Fingers”, “Love, Hope and Misery”, “Seen it All”. O ápice da noite foi durante “Simple Pleasure” onde ele emocionou a platéia com seu solo de guitarra e todo o sentimento presente no seu timbre de voz tão específico. Nessa hora eu fiquei sem ar, sem chão.
Veja o setlist completo aqui.
Ao final de todas as músicas os aplausos eram ensurdecedores, a platéia estava pequena, a casa não lotou, mas alegrou o cantor. Durante o show ele deixava escapar alguns sorrisos tímidos quando seus fans iam ao delírio, e confessou (como toda banda estrangeira) que estava feliz por estar aqui e que ama fazer shows no Brasil.
Foi um show maravilhoso, impecável. Ele me conquistou.
Gosto do Citibank Hall, apesar da péssima localização, mas os eventos são sempre muito bem organizados. Tinha uma loja com produtos oficiais do cantor que não atraiu muito o público (os produtos sim os valores não). Fiquei chateada que a cerveja oficial era Budweiser e não teve copo comemorativo, me questiono o que deve estar acontecendo já que esse “brinde” era um favorito da galera, principalmente meu e ultimamente não tem estado presente nos shows.
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