Buzina Festival – O alerta do rock nacional

Abril começou com um festival barulhento, fazendo jus ao nome, Buzina Festival no Espaço Victory com a presença de grandes nomes do rock nacional.

01 de Abril. Penha. Zona Leste de São Paulo.

O motivo principal de eu ter comprado o ingresso, pista premium, para esse festival foi porque ia ter HEVO 84. Era o que mais me importava, apesar de que eu sempre quis ver Scalene. Posso ir várias vezes na Fresno. Não conhecia Selvagens à Procura de Lei, Zimbra nem Jay Vaquer(só de ouvir falar mas não tinha escutado as músicas). Supercombo eu dispenso, já conto o motivo. Tiveram outras bandas menores. Foram quase 12h de música ou mais.

Nunca tinha ido no Espaço Victory, nem a Penha. Vi no mapa que era próximo (uma quadra) do metrô mas eu fui capaz de sair do lado errado e errar o caminho (quem nunca?!), pedi um taxi. Eu que sai do trabalho correndo pra chegar à tempo de ver a HEVO, cheguei na metade do show. Que desespero ouvir sua banda favorita tocando enquanto o moço decidia se eu tinha nascido mesmo em 1991 como diz meu RG e ficava barrando a minha entrada.

Entrei correndo em direção ao Renne Fernandes, achei a entrada da pista premium, grudei no palco. Assisti três músicas apenas, mas o suficiente pra me deixar feliz. O Bernardo, guitarrista da banda que eu conheci no primeiro show desse ano, me deu a palheta prometida. Eles desceram do palco e ainda consegui uma foto com o vocalista. Pronto, já tinha valido a pena.

Ao final de cada banda uma buzina soava e a galera gritava. Eram dois palcos, duas pistas premium (eu podia ficar nas duas), a pista comum ficava no centro. As bandas se revezavam entre o palco A e B. Minha sorte é que as que eu queria ver tocaram tudo na A. Eu não arredei o pé daquele palco.

Enquanto o Jay Vaquer com uma cabeça de algum animal que eu não identifiquei cantava (eu tava sem óculos, tá?), eu olhei para aquela correria de organizar o palco A para a próxima banda e vejo o Lucas Oliveira escondido atrás da caixa de som. Fui lá contar que minha mãe é fã dele, tirei uma self e ele ainda mandou um áudio mandando um beijo pra minha mãe. O festival estava me saindo melhor do que eu esperava. Fiquei triste que minha mãe não estava comigo pra conhecer ele dessa vez. Mas quem iria imaginar que isso fosse acontecer? Talvez no próximo show.

Em seguida Selvagens À Procura de Lei começou a tocar e a platéia delirou, eu conhecia a fama deles mas não as músicas e confesso que gostei bastante. O show vale a pena. Eu gostei que praticamente todos os integrantes da banda cantam em algum momento. Depois a banda Zimbra se apresentou mas não me chamou à atenção.

Scalene começou seu show com solos de guitarra dos irmãos Bertoni. Eu me apaixonei por eles, muito. Achei o show arrepiante. Tocou meus sentimentos. A música Surreal não sai da minha cabeça ainda. Mesmo que quando eles tocaram, o Léo, vocalista do Supercombo, participou. Quero show da Scalene sempre. O Tomás me deu a palheta, amei. Mais uma pra coleção.

Quando o Supercombo entrou foi meu momento blé. Me julguem, não me importo. Mas eu tenho birra deles. Apesar que concordo que as músicas são boas, e talvez por isso minha birra. Fui no show deles ano passado com NXZero e Aliados e me irritei, dessa vez novamente pelo mesmo motivo. Odeio banda que faz seu público cantar a música inteira enquanto o vocalista canta uma frase. Eu pago show pra te ver cantar, pra me ver cantar eu canto no chuveiro. Cantar junto é maravilhoso. Ver o vocalista só tocando e dizendo “vocês”, acho péssimo. E o show deles é assim. O público faz o show. Eu dispenso.

Pra fechar a noite, a Fresno se apresentou com aquelas músicas matadoras e maravilhosas que a gente se acaba na sofrência. Que infelizmente eu não vi até o final. Já era quase meia-noite e eu moro muito, muito longe da Penha. Resolvi sair antes para garantir meu táxi (não queria me perder de novo hehe) e eu precisava acordar em poucas horas para trabalhar.

 

Fui embora cedo mas feliz.

Porém, a organização geral do evento foi muito insatisfatória. Como eu citei antes, a entrada foi um tanto confusa, isso porque o evento já havia começado há horas atrás. Demora na revista da bolsa, pra checar ingresso e entregar a pulseira da pista premium e de maior de 18 anos.Lá não é uma casa de show, é um salão de festa com dois palcos montados em suas extremidades. Não tinha identificação de entrada da pista premium. Enquanto uma banda tocava em um dos palcos e a outra organizava o equipamento da próxima, a testagem de som atrapalhava o show que estava rolando. O som da pista premium estava estourado, só de longe dava pra ouvir bem (no meu caso os shows do palco B). Não achei o banheiro e nem vi os preços do bar.

O evento em geral foi bacana, eu amei musicalmente, mas sobre a organização eu acho que poderia ter sido melhor.

Veja abaixo, o vídeo do canal desse dia e deixa seu comentário, quero saber o que achou também!

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